Fazer o rescaldo do Optimus Alive! deste ano é começar por dizer que foi a 5ª edição e uma que a promotora Everyhting is New quis que fosse comemorativa. Sabemos que os tempos são de crise mas o cartaz podia ter sido um pouco melhor (eu sei que gostos são gostos, mas sou da opinião que gostos... discutem-se). E mesmo que o orçamento fosse curto podiam-se ter feito melhores opções, apesar de grandes surpresas.
1º dia
O primeiro dia do Alive! começou cedo com Avi Buffalo. Não fui a tempo de Naked and Famous e Avi Buffalo foi ouvido ao longe enquanto preparava o estômago para as horas que se seguiam. Pareceu-me que estava a perder um bom concerto mas só me instalei no Palco Super Bock a partir de Mona, que foi um concerto simpático. Seguiu-se James Blake, algo mortiço, e depois Anna Calvi. Se pouco conhecia da nova "descendente" de Patti Smith ou PJ Harvey, passei a gostar muito. Excelente concerto, com alguns momentos de climax. Depois de Calvi fui espreitar como estava o resto do recinto, nomeadamente Blondie, que estava a terminar. Poderei dizer mal de Blondie? Posso, claro! Foi fraquinho o pouco que vi. Respeito a sua história na música mas não vou dizer que gosto só para ficar bem. E fiquei para ver o início de Coldplay, já que ali estava. Há que dizer que não gosto de Coldplay. Simpatizo com uma ou duas músicas mas de resto é um bocado... "corny" vá. Eu sei que para muita gente que conheço é uma heresia mas para mim música propriamente dita é outra coisa. Mas entraram em palco ao som da música do Regresso ao Futuro, o que sendo um dos meus filmes preferidos de todos os tempos, foi uma surpresa muito boa! O concerto começou e era fogo de artifício, era balões gigantes, era todo o tipo de distracção e eu pergunto: distracção da música, que era o que levava aquela gente toda ali? Para mim cerca de 40 minutos chegaram para confirmar que não deveria ter sequer dado o benefício da dúvida.
Com isto esqueci-me que no 3º palco, o Optimus Clubbing, estava a haver uma sucessão de bons projectos da nossa música, como Feromona ou Os Velhos. Acabei por dar um último salto ao Palco Super Bock onde ia começar Patrick Wolf. Aquele que todos os anos diz que nunca mais dá concertos lá apareceu mais uma vez e ainda bem! Um dos grandes concertos do dia, ou da noite, cheio de energia e de grandes interpretações.
Pontos +
Anna Calvi e Patrick Wolf e a música do Regresso ao Futuro
Pontos -
James Blake, a acabada Blondie e os desinteressantes Coldplay
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