Sunday, July 19, 2009

Super Bock Super Rock - The Killers "a matar"

Depois do fiasco do primeiro acto, há uma semana na cidade invicta, graças à desistência à última da hora dos Depeche Mode, o Festival Super Bock Super Rock viveu ontem, em Lisboa, uma verdadeira noite de glória. Os norte-americanos The Killers, cabeças de cartaz de ontem, entraram a matar com Human e prosseguiram com um autêntico "best of" dos já vários albuns da sua carreira. Os Killers estrearam-se em Portugal e jogaram pelo seguro, mas através de um espectáculo muito bem preparado e à altura dos pregaminhos exigentes da sua cidade natal, Las Vegas. O vocalista Brandon Flowers, que não permite que sejam tiradas fotografias a não ser pelo fotógrafo oficial da banda, pediu desculpa por a banda ter demorado a visitar-nos e garantiu que não voltaremos a esperar tanto tempo pelo regresso. E da parte que nos toca, venham sempre! Concertos destes podem acontecer todos os anos, sff.

Mas nem só de Killers se vibrou ontem. A tarde começou pontualmente às 18h com os portugueses Bettershell a tocarem apenas 15 minutos. Pouco para se perceber alguma coisa. Mas logo foram seguidos pelos The Walkmen. Os nova-iorquinos conquistaram o público facilmente apesar do forte sol que invadia o palco. A banda liderada pelo vocalista Hamilton Leithauser teve uma excelente recepção e apresentou com sucesso o seu último album, datado já do ano passado, "You & Me".

A seguir aos Walkmen, o cartaz apresentava Brandi Carlisle. Graças a uma pulseira vip caída do ceú, foi a primeira boa altura encontrada (a segunda seria em Duffy) para ir comer e beber numa outra dimensão. Como é diferente ser-se uma pessoa comum, mas que bem que sabe não ter que pagar nem esperar por uma cerveja.

O tempo aproximava-se de Mando Diao e aqui a expectativa era enorme. Os suecos não eram estreantes em Portugal, pois estiveram no Festival Paredes de Coura no ano passado, mas não tinham pisado ainda palcos lisboetas, ou geograficamente "mais centrais", se assim poderemos dizer. E os Mando Diao foram os verdadeiros "primeira parte" de Killers. Berros roucos dos dois vocalistas da banda depressa conquistaram o público que não precisava de ser conquistado tal era o entusiasmo de os ver, certamente na maioria dos casos, pela primeira vez. O concerto foi sólido, andou à volta do último album "Give Me Fire", mas infelizmente, face ao pouco tempo disponível (uma hora apenas de concerto), não houve muita atenção para "Ode to Ochrasy", provavelmente a maior obra-prima desdes suecos. Não importa, ficamos à espera de os ver num Coliseu em nome próprio e com tempo para tudo.

O Festival Super Bock Super Rock falhou enquanto festival proposto. Apostaram quase tudo em Depeche Mode e The Killers, e quando uma das bandas falha, a outra fica com a responsabilidade quase total de entregar o sucesso à organização. Felizmente para a Música no Coração (infelizmente para os fãs de Depeche Mode), os Killers foram praticamente perfeitos e salvaram a 15ª edição do Festival. Um dos melhores concertos do ano, até ao momento.

Fotos de Rita Carmo/Espanta Espíritos (para Blitz)

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