Terminou a segunda edição do Festival Optimus Alive!. Foram 3 dias completos, cheios de grandes concertos, e com muito artista no verdadeiro sentido da palavra. A organização indicou que por lá passaram cerca de 100 mil pessoas, o que só peca por escasso, porque merecia muitas mais. O preço dos bilhetes não era convidativo para as bolsas dos portugueses, que cada vez lhes sobra menos para gastarem em diversão, mas se pensarmos bem, 80 euros para ver um cartaz daqueles acaba por ser uma verdadeira pechincha.
Do primeiro dia destacam-se naturalmente os Rage Against the Machine. Não só pelo grande espectáculo que deram (ainda hoje não dá para fechar a boca com aquilo que Tom Morello faz com o baixo), mas também pela ansiedade de os voltar a ver juntos, de ver uma banda que pode estar a acabar de novo... Era uma oportunidade única que não podia ser desperdiçada. E eles não decepcionaram. Mas o primeiro dia teve, evidentemente, outros destaques, dos quais obviamente realçamos os Vampire Weekend.
Uma banda que já criou uma enorme legião de fãs em Portugal. Eram sete da tarde e o palco secundário estava cheio. Pena é que sendo uma banda ainda pequena, não tenha ainda todo o aparato de som de qualidade, pelo que os nova-iorquinos tiveram de compensar com a energia própria. E conseguiram, com muito sucesso. Do mesmo problema sofreram os MGMT, que se tivessem tido uma melhor projecção de som, melhor teriam resultado. Entretanto, eram horas de ver o que se passava no palco principal. The National terão dado um espectáculo bem menos emotivo que na Aula Magna, há poucos meses, mas foram muito bem rendidos por uns energéticos Gogol Bordello, que puseram o público em delírio. Uma das grandes actuações da noite. Enquanto que Hercules & Love Affair estavam no palco secundário, os Hives apareceram no principal. E aqui deram mais uma demonstração de rock-espectáculo. Pode não se gostar, ou mesmo não entender estes suecos, a verdade é que a personagem global que esta banda representa é muito forte. O vocalista Pelle Almqvist é incansável, de tal forma que nos chega a cansar a nós. Talvez um pouco menos de conversa e mais rock sem parar não fazia mal, mas e daí, se calhar é isso que eles pretendem, e o rock, pelo menos, é bastante poderoso. Por fim, chegaram os Rage, e Rage é Rage, não é preciso dizer muitos mais.
O segundo dia foi bem diferente do primeiro. Para já, estavamos à espera de ver Bob Dylan, figura fundamental para qualquer curriculum. E depois porque o cancelamento à última da hora dos Nouvelle Vague abriu "uma janela" maior que a "porta". Isto porque a organização, face a este imprevisto, pediu a John Butler que se apresentasse mais cedo em palco. Resultado: mais 40 minutos do que o previsto o que possibilitou ao Trio maravilhoso uma maior descontração. Assim os John
Butler Trio puderam tocar sem aquela pressão do tempo e puderam assim dar largas ao talento. E John Butler mostrou porque é um guitarrista, um músico, um artista exímio! Deu um espectáculo gigante e histórico. E ainda, já Bob Dylan estava em palco, andou pelo recinto, no meio da multidão, praticamente despercebido. Os poucos que tiveram a sorte de se aperceberem disso e que o conseguiram interpelar constataram que ele é afável e que agradeceu os elogios com a mesma intensidade que nós agradecemos a sua obra e a sua vinda. Um verdadeiro exemplo! O dia tinha começado com os sintrenses Kumpania Algazarra que mereceram
totalmente a oportunidade. Seja para 10 ou 20 mil pessoas, a energia e boa disposição é sempre a mesma. Kumpania não deixa ninguém indiferente. Within Temptation estavam fora dos planos e Buraka era tarde demais. John Butler Trio foi mais do que suficiente.
Por fim chegou o terceiro dia com Bradiggan a dar umas simpáticas boas vindas. Seg
uiu-se-lhe Xavier Rudd que deu um bom concerto. É certo que já se o viu fazer melhor (a Aula Magna que o diga), mas o australiano cativou a plateia, repleta de congéneres que muito o ovacionaram.
Donavon Frankenreiter foi o senhor que se seguiu, mas aquela onda simpática mas relaxada pedia uma deslocação ao palco secundário. E aí, depois de uns mornos Midnight Juggernauts, apareceu a Senhora Roisin Murphy. A ex-vocalista dos Moloko deu um espectáculo enorme. Com uma energia sem fim, Roisin conquistou uma plateia que não precisava de ser conquistada tal era já a dedicação. Simplesmente imparável e arrebatadora. E depois, The Gossip. Outra senhora a cantar, talvez ainda mais carismática. Audiência ao rubro, foram mais de 3 horas imperdíveis. Tempo ainda de apanhar Neil Young (era difícil de sair do palco Metro
on Stage...). Mais um guru no curriculum, mostrou que trapos são os velhos. Energia e "Keep on Rockin' in the Free World". A fechar Ben Harper. Já não chega uma mão para contar as vezes que o americano nos brindou já com a sua presença, mas a actuação em Festival deixava algumas reticências. E de facto Ben Harper cumpriu, comoveu mas não encantou. Uma incursão maioritária por canções menos enérgicas e um final comovente com "Boa sorte (Good Luck)", uma música cantada a meias com o público.
Agora já se pensa no próximo, que já tem data marcada e que em Setembro conhecerá o primeiro grande cabeça de cartaz. Depois de Pearl Jam (2007) e Rage Against the Machine (2008), quem serão os senhores que se seguem?
Do primeiro dia destacam-se naturalmente os Rage Against the Machine. Não só pelo grande espectáculo que deram (ainda hoje não dá para fechar a boca com aquilo que Tom Morello faz com o baixo), mas também pela ansiedade de os voltar a ver juntos, de ver uma banda que pode estar a acabar de novo... Era uma oportunidade única que não podia ser desperdiçada. E eles não decepcionaram. Mas o primeiro dia teve, evidentemente, outros destaques, dos quais obviamente realçamos os Vampire Weekend.

O segundo dia foi bem diferente do primeiro. Para já, estavamos à espera de ver Bob Dylan, figura fundamental para qualquer curriculum. E depois porque o cancelamento à última da hora dos Nouvelle Vague abriu "uma janela" maior que a "porta". Isto porque a organização, face a este imprevisto, pediu a John Butler que se apresentasse mais cedo em palco. Resultado: mais 40 minutos do que o previsto o que possibilitou ao Trio maravilhoso uma maior descontração. Assim os John


Por fim chegou o terceiro dia com Bradiggan a dar umas simpáticas boas vindas. Seg

Donavon Frankenreiter foi o senhor que se seguiu, mas aquela onda simpática mas relaxada pedia uma deslocação ao palco secundário. E aí, depois de uns mornos Midnight Juggernauts, apareceu a Senhora Roisin Murphy. A ex-vocalista dos Moloko deu um espectáculo enorme. Com uma energia sem fim, Roisin conquistou uma plateia que não precisava de ser conquistada tal era já a dedicação. Simplesmente imparável e arrebatadora. E depois, The Gossip. Outra senhora a cantar, talvez ainda mais carismática. Audiência ao rubro, foram mais de 3 horas imperdíveis. Tempo ainda de apanhar Neil Young (era difícil de sair do palco Metro

Agora já se pensa no próximo, que já tem data marcada e que em Setembro conhecerá o primeiro grande cabeça de cartaz. Depois de Pearl Jam (2007) e Rage Against the Machine (2008), quem serão os senhores que se seguem?
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